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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Havia quem dissesse que a manhã
seria luz quando uma ave       uma só ave que fosse
entrasse em todas as casas e nós       atentos
acordássemos dentro dos rios



Abel Neves. Eis o Amor   a Fome e a Morte. Edições Cotovia, Lisboa, 1998, p. 65

segunda-feira, 10 de abril de 2017

AQUEDUCTUS

''(...) hão-de visitar-te os dias tristes''


Abel Neves. Eis o Amor   a Fome e a Morte. Edições Cotovia, Lisboa, 1998, p. 38

«(...)                                                    Quem dera
que fosse ontem     tu estarias
a chegar e os beijos seriam os primeiros
a até aqui tudo bem      as coisas a portarem-se bem
mas o caralho é hoje  »


Abel Neves. Eis o Amor   a Fome e a Morte. Edições Cotovia, Lisboa, 1998, p. 28/9

À MESA VOLTADO PARA ORIENTE


Sento-me para escrever e já tudo acabou
Um golpe de maré    mais ou menos     sim
Os dedos sendo agora algas
querem a lembrança    mas de quê?



Abel Neves. Eis o Amor   a Fome e a Morte. Edições Cotovia, Lisboa, 1998, p. 28

« o problema é que     mesmo que andasse por aí
a esperança não seria para todos»



Abel Neves. Eis o Amor   a Fome e a Morte. Edições Cotovia, Lisboa, 1998, p. 27

(...)

«Soube      por olhar o rio algumas vezes      este rio
e outros
que o nada é nada e o tudo é tudo»




Abel Neves. Eis o Amor   a Fome e a Morte. Edições Cotovia, Lisboa, 1998, p. 26

«Estás a pensar na chuva que há-de cair só nas tuas mãos»


Abel Neves. Eis o Amor   a Fome e a Morte. Edições Cotovia, Lisboa, 1998, p. 25
O QUE PENSAS QUANDO OLHAS
PARA MIM E NÃO DIZES NADA



Abel Neves. Eis o Amor   a Fome e a Morte. Edições Cotovia, Lisboa, 1998, p. 25

segunda-feira, 3 de abril de 2017

''as flores querendo romper do chão''


Abel Neves. Eis o Amor   a Fome e a Morte. Edições Cotovia, Lisboa, 1998, p. 21

''os dedos apontando o rio''


Abel Neves. Eis o Amor   a Fome e a Morte. Edições Cotovia, Lisboa, 1998, p. 15
estou sozinho     estou triste etc


Abel Neves. Eis o Amor   a Fome e a Morte. Edições Cotovia, Lisboa, 1998, p. 14
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