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domingo, 31 de outubro de 2010

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Para o fugitivo não há amigo nem fiel companheiro:
isto é mais doloroso do que o próprio exílio.

Teógnis. Poesia Grega de Álcman a Teócrito. Organização, tradução e notas Frederico Lourenço,Livros Cotovia, Lisboa, 2006 p.71
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Que ninguém te convença a amares um homem vil,
ó Cirno. Para que serve um homem vil como amigo?
Não te salvaria do duro trabalho nem da desgraça,
nem na ventura nada quereria partilhar contigo.
Favor vão é fazer bem a gente reles:
é o mesmo que semear o mar cinzento.
Não é semeando o mar que terás boa ceifa,
nem fazendo bem aos maus terás boa recompensa.
Pois os maus têm uma mente insaciável. Se dás passo em falso,
desaparece a amizade provinda de todos os actos anteriores.
Mas muito se comprazem os nobres pela forma como são
tratados e mantêm no futuro a gratidão e a memória dos favores.


Teógnis. Poesia Grega de Álcman a Teócrito. Organização, tradução e notas Frederico Lourenço,Livros Cotovia, Lisboa, 2006 p.66
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Quem mantém o pensamento separado da língua é mau
companheiro, ó Cirno, pois é melhor inimigo do que amigo.


Teógnis. Poesia Grega de Álcman a Teócrito. Organização, tradução e notas Frederico Lourenço,Livros Cotovia, Lisboa, 2006 p.65
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Não me ames com palavras, tendo noutro lado mente e coração,
se me amas e se fiel é a tua intenção.
Ama-me com a mente pura, ou então rejeita-me
e odeia-me e opta pelo conflito aberto.

Teógnis. Poesia Grega de Álcman a Teócrito. Organização, tradução e notas Frederico Lourenço,Livros Cotovia, Lisboa, 2006 p.65

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Encontrarás poucos homens, ó Cirno, que sejam amigos
fiéis em empreendimentos difícieis: homens
que ousem estar sintonizados contigo,
a ponto de partilharem por igual das coisas boas e das más.

Teógnis. Poesia Grega de Álcman a Teócrito. Organização, tradução e notas Frederico Lourenço,Livros Cotovia, Lisboa, 2006 p.65
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Para grandes empresas confia em poucos homens,
para que não obtenhas, ó Cirno, uma dor insustentável.


Teógnis. Poesia Grega de Álcman a Teócrito. Organização, tradução e notas Frederico Lourenço,Livros Cotovia, Lisboa, 2006 p.65
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