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domingo, 6 de dezembro de 2015

"Pode-se partir com a condição de deixar tudo na sua desordem e de confiar o seu destino ao acaso."

"Vida Secreta"
- Pascal Quignard
"Julgamos que nos libertamos dos lugares que deixamos para trás de nós. Mas o tempo não é o espaço e é o passado que está diante de nós. Deixá-lo não nos distância. Todos os dias vamos ao encontro daquilo que que fugimos. E aquilo de que sempre fugimos, como somos criaturas interrompidas, vamos abraça-lo no momento da morte. É por isso que se pode ficar no fundo de si mesmo como em dívida de redizer a responsabilidade e ao mesmo tempo consagrar a vida ao movimento de desengatar a sua vida.
São os livros. Pode-se desengatar."

-"Vida Secreta"
- Pascal Quignard
"Eu escrevo o prazer perigoso dos reencontros. Não há regresso que não corra o risco de desintegração de si ou de absorção.
A paixão súbita é igual.
A fascinação é igual.
Fulguratio, fascinatio não fazme mais que dizer este reencaixe num relâmpago, mais rápido que um relâmpago, na forma mais recente na forma mais antiga.
A fascinação é a forma do passado.
Melhor ainda: ela é o abraço do passado."

-"Vida Secreta"
- Pascal Quignard

quarta-feira, 29 de abril de 2015

LEITURA E RECONHECIMENTO
"Como é que o passado reconhecce o presente? Como é que o presente reconhece o passado? Como é que o reproduzido reconhece o reprodutor? Como é que a mulher reconhece o homem?
Ou, exprimindo-se num tom mais japonês: como é que o Agora se agita com a visitação, a condensação, a capitalização do Outrora no fundo de si mesmo?
Ao reconhecimento excessivo e impossível (do fecundande pelo fecundado) oponho três formas de não reconhecimento: o desconhecimento, o reconhecimento insuficiente ou difícil, o reconhecimento excluído."~
-"Histórias de Amor de Outros Tempos"/ "Retratos Vivos"
- Pascal Quignard

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A LUME

''Entre os ruídos apaixonantes, deves acrescentar a voz de um ser que se deseja, atrás da sebe,atrás da cortina da liteira, atrás da porta ou da tapeçaria de brocado.
 Quando escuto o ruído apaixonante do copo de dados, fico toda ruborizada,o meu coração torna-se uma espécie de odre de vinho que o cabreiro tira da ribeira e leva avidamente à boca."

  Pascal Quignard
As Tábuas de Buxo de Apronenia Avitia

segunda-feira, 10 de março de 2014

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