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sábado, 15 de janeiro de 2011

2º EST. - Todo o nosso prazer se tornou melancolia?
3º EST. - O mal vem-lhe de ser por demais solitário.


Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.137
MEFIST. - (...) Pobre homem do mundo, seca-lhe de dor o sangue,
                         O remorso mata-o e as convulsões da mente
                   
                      
Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.135
FAUSTO - Foi este o rosto que lançou ao mar mil barcos
                   E às imensas torres de Tróia lançou fogo?
                   Faz-me imortal com um beijo, doce Helena.
                   Sugam-me a alma os lábios dela: vede onde voa.
                   Aqui quero viver, que o Céu está nestes lábios,
                   E tudo é impuro o que não é Helena.



Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.133
«(...) O que eu disse, filho meu, não veio da ira,
Nem da inveja, mas sim de um terno amor
E compaixão pela tua futura desdita.
Confia, pois, que a minha afável censura
Te mortifique o corpo e, assim, corrija a alma.



Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.131
ANCIÃO - (...)

E, contudo, é digna de amor a tua alma,

Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.129
Entram Fausto, Mefistófeles
e dois ou três estudantes


1º EST. - Senhor Doutor Fausto, depois de termos falado de mulheres formosas e de qual seria a mais bela do mundo, chegámos à conclusão de que Helena da Grécia foi a mais digna de admiração que jamais existiu; por isso, Mestre, se quisésseis fazer o favor de nos deixar contemplar essa inigualável dama grega, que todo o mundo admira pela majestade, ficaríamos muito obrigados para convosco.



Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.129

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

«BENV. - (...) Mais vale morrer de dor, que viver desonrado.


Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.113
« BENV.- Será a minha honra. Espada, sê certeira!
É a cabeça dele pelos cornos que me pôs.

Entra Fausto com uma cabeça postiça.

MARTINO- Aí vem ele! Aí vem ele!
BENV.- Silêncio! Um só golpe, e pronto!
O corpo cai na terra e a alma no Inferno.»



Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.107
«BENV.- Pesa-me agora menos a cabeça,
Mas tenho mais oprimido o coração,»



Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.107

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Olhai, Alteza, que animal esquisito ali está com a cabeça
fora da janela.
IMPER. - Oh, que cena espantosa, Duque de Saxónia!
Vede. Um estranho par de cornos espetado
Na cabeça do jovem Benvolio.
DUQUE DA SAX. - Mas ele está morto ou a dormir?
IMPER. - Que belo divertimento! Vamos acordá-lo.
Eh, Benvolio!
BENVOL. - Diabos vos levem! Deixai-me dormir.
IMPER. - Não te censuro por dormires tanto; com uma cabeça
dessas...
DUQUE DA SAX. - Levanta os olhos, Benvolio, é o Imperador
quem te chama.
BENVOL. - Imperador? Onde? Oh, raios me partam, a minha cabeça!
IMPER.- Deixa lá a cabeça, segura mas é nos cornos, que a
cabeça está bem armada.
FAUSTO. - Então e agora, senhor cavaleiro, pendurado pelos
cornos, não é? Que coisa feia! Uma vergonha! Metei a cabeça
para dentro, senão vai toda a gente ficar pasmada a olhar para vós.
BENVOL. - Raios vos partam, doutor! Esta patifaria é vossa?
FAUSTO.- Não digais tal, senhor, que o doutor não tem saber,
Nem arte, nem engenho, para brindar estes nobres,
Ou para trazer à presença do Imperador
O poderoso rei, o bravo Alexandre.
Fausto conseguiu-o. E vós o quisestes:
Transformar-vos, como Acteon, em veado;



Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.103

domingo, 26 de dezembro de 2010

«Tal como os deuses andam com pés de lã
Antes de punirem os homens com mãos de ferro,
Assim acorda agora nossa vingança adormecida
Para condenar à morte teus execráveis actos.»



Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.81
«FAUSTO:  - Mas tu tens dores, tu, que outros atormentas?
MEFIST.     - Dores tão grandes como as almas dos homens.
       Mas diz-me, Fausto, dás-me a tua alma?
       Se ma deres, serei um escravo ao teu serviço,
       E dar-te-ei mais do que o teu engenho saberá pedir.»

Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.55

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

«E ofertar o sangue morno de recém-nascidos.»



Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.53
FAUSTO - Tivesse eu tantas almas como estrelas há no céu,
Todas elas haveria de dar por Mefistófeles.
Por ele serei o Imperador do mundo,
Farei uma ponte através dos ares instáveis
Para com um bando de homens passar o oceano;




Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.49

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

[Cena 3; I, 3]

Trovão. Entram Lúcifer e quatro diabos. Fausto dirige-se-lhes.

FAUSTO - Agora que a sombra triste da noite
Rompe do mundo antárctico até ao céu,
Embaciando o empíreo com o seu bafo negro,
Para ver o toldado rosto de Oríon,
Começa, Fausto, os teus encantamentos,
E vê se ao teu apelo os diabos obedecem,
Pelos sacrifícios e orações que lhes ofertaste.



Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.45
Se negamos ter pecado, a nós próprios nos enganamos e ne-
huma verdade existe em nós.
Mas parece então
Que temos de pecar e, por conseguinte, morrer.
Ai...temos de morrer, e morrer para todo o sempre.
Como chamais a esta lei? Che sarà, sarà:
O que for se há-de ver. Teologia, adeus.



Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.35

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Entra um diabo.
Ordeno-te que vás mudar de forma;
Estás horrendo demais para me servir:
Vai e volta feito velho franciscano,
Que parecer santo é o que mais convém a um diabo.
Sai o Diabo.

Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.45.
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