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domingo, 14 de janeiro de 2018

''Para Anders, os estádios até ao fim da humanidade, começados com Auschwitz (a destruição sistemática e anónima do ser humano), com Hiroshima (quando o ser humano se apercebeu de que só bastava apertar um botão), completam-se com Chernobyl (nome representativo para Harrisburg e para todas as outras catástrofes ecológicas da última década), onde o homem perde o domínio sobre o poder-violência e se auto-aniquila num holocausto de irracionalidade, de estupidez obstinada e de ganância.''
“Se me perguntarem em que dia me envergonhei absolutamente, responderei: nesta tarde de verão quando em Auschwitz estive perante os montes de óculos, de sapatos, de dentaduras postiças, de molhos de cabelos humanos, de malas sem dono. Porque os meus óculos, os meus dentes, os meus sapatos, a minha mala também deveriam estar ali. Sim, senti-me – já que não tinha estado preso em Auschwitz porque me tinha salvo por acaso – um desertor.”

 Günther Anders
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