segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

“Quão rápido se muda também o mundo
Como formas de nuvens,
Todo o perfeito cai

De regresso ao arcaico.
Por sobre o mudar e o andar,
Mais largo e mais livre
Dura ainda o teu pré-cantar,
Ó deus da lira.

Não se conhecem as dores,
Não se aprendeu o amor,
E o que na morte nos afasta

não está desvelado.
Só a canção sobre a terra
consagra e celebra.”

Rilke, Sonetten an Orpheus (I. Parte, XIX)

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