terça-feira, 19 de julho de 2011

    «O coração bateu-lhe mais e mais depressa, à medida que o rosto dela se aproximou do seu. Sabia que quando tivesse beijado esta rapariga, e para sempre consorciado as suas indizíveis visões ao imperecível hálito dela, a sua mente não voltaria a vaguear, como Deus, pelo infinito. Esperou, pois, mais um instante para tornar a ouvir o diapasão de prata que ressoara, batendo numa estrela. Então beijou-a. Quando os seus lábios a tocaram, ela abriu-se para ele como uma flor e a encarnação foi completa.»




F. Scott Fitzgerald. O Grande Gatsby. Prefácio e tradução de José Rodrigues Miguéis, 2.ª edição, Lisboa, 1986, p. 116

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