domingo, 26 de junho de 2011

Nocturnos

I

Lividez da noite sentida no que alcanço
dum mistério sensível nos teus charcos.
Porque me olhas com olhar parado?

Porque me possuis exterior impávida intangível?
Porque não vens beber na minha seiva
o que retarda a morte a que me condenei
num sonho de merecer o teu mistério?


Natália Correia. Poesia Completa. Publicações Dom Quixote, 1ª edição, Lisboa, 1999, p. 77

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