quinta-feira, 23 de junho de 2011

JULIETA

Eu não sou nenhuma escrava para que me cravem estiletes de âmbar nos seios, nem nenhum óraculo para os que tremem de amor à saída das cidades. O meu sonho foi sempre o cheiro da figueira e a cintura do ceifeiro. Ninguém me atravessa! Quem atravessa sou eu!




Frederico Garcia Lorca. O Público. Trad. de José Manuel Mendes, Luís Lima e Luís Miguel Cintra. Edições Cotovia, Lisboa, 1989, p. 55

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