sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Niilismo

«Etimologicamente, “niilismo” vem do latim nihil e significa a persistência do pensamento pelo nada. De acordo com Franco Volpi, o termo “niilismo” surge entre o final do século XVIII e início do século XIX, mas há registos de que o termo já havia sido empregado em 1733 no título do tratado de F. L. Goetzius, “De neonismo et nihilismo in theologia”. (...)
No entanto, apesar desses registos anteriores, o termo “niilismo” tornou-se conhecido somente a partir do romance russo, Pais e filhos, de Ivan Turguêniev, escrito entre 1860 e 1862. De facto, é tarefa difícil remontar a história do niilismo, pois suas raízes tendem a se aprofundar cada vez mais à medida que se busca a sua origem. Mas, para além da origem do termo, o niilismo, enquanto sentimento, existiu desde sempre. Trata-se do sentimento de estranhamento e da falta de sentido diante do mundo.»


ARAÚJO, R. B (2009). Niilismo heróico em Samuel Beckett e Hilda Hilst: Fim e recomeço da narrativa. Tese de Doutoramento em Literatura Comparada, pela Universidade Federal da Paraíba, p. 30

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